terça-feira, 22 de dezembro de 2009
Homens traem por auto-afirmação
Um homem sai com os amigos. Vai num bar conversar, contar piadas, blasfemar. Somos criaturas sociais. Salvo raras exceções, não vivemos bem sem ter amigos para conversar.
Numa dessas saídas, uma mulher se insinua. O cara tem uma namorada. Não quer trair, mas a garota se insinua com tamanha intensidade e interesse (inconscientemente identificando nele um macho alpha entre seus pares e exercendo uma nova sensação: a de caçar) que ele acaba sucumbindo e, inconseqüentemente, trai.
Ele poderá argumentar mentalmente que apenas teve um leve affair com a moça e que aquilo foi apenas carnal, não estando, portanto, quebrando nenhum laço emocional. Na mente do homem, é possível que só um envolvimento absolutamente emocional, como a paixão constituiria uma traição real.
É mais ou menos assim que opera o mecanismo de relacionamento entre casais que trabalham na indústria da pornografia, onde fazer sexo é apenas um trabalho e nada mais.
A grande maioria dos homens que traem como resultado direto das circunstâncias da vida (condição ambiental conjugado com o interesse de uma parceira e sensação de anonimato) o faz por auto-afirmação. Vivemos numa sociedade machista e desde sempre os homens são ensinados a ter um comportamento de “macho”.
Frases como “homem não chora” e os lemas paternos: “ prenda sua cabrita que meu bode tá solto” são as máximas que regem a vida de muitos homens. Assim, é incompreensível ver uma mulher dando o maior mole e ele não aproveitar. Se assim ocorrer, ele será visto pelos seus pares – e pior, por si mesmo – como um fraco, até mesmo um homossexual.
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